Hormônio liberado pela atividade física combate o Alzheimer
Não é novidade para ninguém que a prática de atividades físicas faz bem para nossa saúde física e mental. O que não se sabia até agora é que os exercícios também podem deter o avanço da doença de Alzheimer e ainda melhorar a memória. Essa é a principal descoberta de um estudo recém-divulgado liderado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ao longo de sete anos de trabalhos, a pesquisa concluiu que o hormônio irisina, liberado pelos nossos músculos enquanto nos exercitamos, é capaz de trazer benefícios significativos para o cérebro, sobretudo no que se refere à prevenção de doenças neurodegenerativas.
O estudo, que envolveu pesquisadores de diversos países, reuniu evidências de que o “hormônio do exercício” protege os neurônios dos efeitos tóxicos de substâncias associadas à origem do Alzheimer, doença que atinge 35 milhões de pessoas no mundo.
Neurônios restaurados
Nos testes com camundongos, foi observado que a neutralização da irisina dificultava a formação da memória. Por outro lado, a elevação da concentração desse hormônio gerada pela prática de exercícios ou por injeção na corrente sanguínea restaurava o funcionamento dos neurônios e recuperava a capacidade de aprendizado de cobaias geneticamente alteradas para apresentarem os sinais da doença de Alzheimer.
Essa descoberta gerou outros testes para confirmar o potencial neuroprotetor da irisina. Se novos estudos com animais e seres humanos comprovarem essas propriedades, o hormônio poderá ser utilizado como tratamento nos estágios iniciais do mal de Alzheimer, doença contra a qual ainda não há medicações eficazes.
De acordo com os autores brasileiros da pesquisa, já é seguro afirmar que a prática regular de exercícios proporciona efeitos benéficos para o cérebro, especialmente ao minimizar as chances de desenvolver Alzheimer ou retardar seu início. É uma notícia muito promissora!